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SAUDADE!
Odir Milanez
 


Essa saudade sua, que não passa,
que não se vai de mim, que não desgarro,
que baila, junto aos bafos de fumaça,
a funesta fusão com meu cigarro.
 
Na fumaça flutua a forma escassa
de vestal desavinda, um vulto charro,
com visíveis vestígios de devassa,
constrangendo-me a crises de pigarro.
 
A saudade aflitiva se agiganta.
Esmurro o vidro, arrasto, com rudeza,
a foto de onde sai saudade tanta!
 
Seu retrato, em pedaços, sobre a mesa,
o rum rebelde rasga-me a garganta...
Só falta a chuva a me chorar tristeza!
 
JPessoa/PB
 15.02.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...

 
oklima
Enviado por oklima em 16/02/2013
Reeditado em 04/05/2013
Código do texto: T4143898
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