Ode aos sonetos(*)

Sonetear, é de arraigada maestria
Inspirações da alma, alheia à apatia
Abraçar motes, elevar a consciência
Celebrar  vida, lapidar a paciência
 
Expor ao mundo o grito amante em elegia
Revelar tudo que se sente na agonia
Quatorze versos, profusão da eficiência
De enlevar o canto versejando a inconsciência
 
Por tudo à mesa junto ao próprio alimento
Versar os caprichos destilando o tormento
Em Alexandrinos, especial versificação
 
Feita com esmero, com arroubo e emoção
Sonetear espelha a arte e o tom do  cor
Minha esperança de um mundo bem melhor 

(*)Alexandrino com tônicas nas sílabas 4,8 e 12