Morte Repentina
Como sois apressada, ó deusa cruel
Soturna que age discreta na matutina
Exalando cheiro de enxofre nas narinas
Espreitando a próxima vítima do céu
Espalhando o medo do desconhecido que espera
O destino comum a que todos reserva
Aqueles que viveram nas flores ou na relva
Experimentará a dor da fibra do peito que se quebra
Como tu és desalmada, nunca chega tarde demais
Levando a esperança atroz do moribundo
Tratando ricos, pobres, brancos e negros como iguais
Por onde passa leva o mal e a tristeza como consorte
Tu és o catalisador de sujeira desse mundo
Tu és cruel, és repentina, ó morte