Colibri
O colibri na rosa, contra o vento,
de lépidas asinhas coloridas,
(que nem se pode ver suas batidas),
é belo, da poesia um sedimento.
Nas delicadas plumas refletidas,
as luzes do arrebol, de tom sangrento,
aumentam seu poder de encantamento,
que invade nossos olhos, nossas vidas.
O olhar, seguindo as asas vai, flutua,
e o tom de resplendor mais se acentua,
a refletir as cores do arrebol.
Relembra, o colibri, os sonhos idos
que, nos refolhos da alma recolhidos,
morriam lentamente com o sol.
Brasília, 15 de Fevereiro de 2013.
Sonetos Diversos, pg. 75
Sonetos selecionados, pg. 31