SINA
Poeta eu não sou, amarga asceta
Escrevo em desagravo desta sina.
Há muito, descuidada essa menina
Nos versos leigos, se sagra pateta.
Piada que sobrar o mar repleta...
Desertos desse mundo que alucina...
E o resto escorrerá pela latrina...
Quem pode avaliar, obra completa?
Vontade de fugir dessa bandida
É verso que eu recito convencida...
É causa mor dos atos que eu cometa...
Eu fico à parte, inerme da vendeta,
Que não me renderia um só vintém...
Que salve-me da inglória, há, ninguém...