Despida
O que sou daquilo tudo que lhe falei?
De uns dias pra cá não tenho certeza
Das tantas vezes que me entreguei
E me deixei levar por sua esperteza
Talvez você diga que eu sou ingênua
Mas é que já não sei por onde andar
E a imagem que tem de mim é nua
Por me perder de tanto me procurar
Um dia eu me expus a mim mesma
Nesse espelho me vi amedrontada
Da alucinação, na mente uma lesma
E daquela antiga vontade controlada
Desejo de morte em plena quaresma
Do auto sacrifício ao qual fui destinada