SONETO PARA A AMADA
A amada que eu procuro
vive longe, em outro mundo
que não permite a um vagabundo
passar para o outro lado do muro.
A amada que eu desejo
vive distante, em outro reinado,
que não deixa um mal-arrumado
passe para este nobre vilarejo
A amada, tão doce
por mais difícil que fosse
ainda seria fácil de alcançar;
talvez, não vendo seu rosto, mas
para ter da voz, o doce gosto,
bastaria apenas telefonar.
28 de Outubro de 1989