Valsa da Solidão.
Valsa Da Solidão.
Nos quartetos rotos desses versos brancos
Desfiando sonhos entremeados prantos
Vejo uma lua escura esquecida que a rua
Ficando sem graça diante d’uma noite nua
Dança embalada aos ventos pela alameda
Sendo que as sombras um tanto bêbadas
De valsa em valsa sem par nas madrugadas
Torna a noite uma eterna embriagada
Fim de festa. Ao longe pessoas, um vozerio
Estrídulas, borbulhantes, gritantes, um rio.
De gente solitária, desalmadas e vazias...
Em mais uma noite nas ruas sem lua
Trôpegas, senis, maestros sem sinfonia,
Regem sonolento o nascer de novo dia.