AÇOITES....

Um lamento, um chorar que alucina,

Por tanto tempo esse compasso de dor.

A marcação da nau, amor escravo, e seu feitor,

Determinando a minha sina....

Queimando-me sem o toque,

Sentido que o amor não precisa,

Transcendendo em essência incisiva,

Num pulsar, sentir, doer... Em choque.

Minha é a matéria que sofre,

Junto à alma que agoniza,

Zumbidos e marcas de chicote,

Açoites, solidão não ameniza,

A cada noite, saudade bate forte,

No peito de quem a dor se eterniza.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 13/02/2013
Código do texto: T4138726
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