Relicário
Ó, imortal elo da antiguidade,
És tão viva, e idealizada, tão
Simétrica é a tua venustidade:
A tua veste sapiente de Platão,
A tua estética ideal de divindade,
A tua harmonia; tão sedutora quão
Foi outrora Afrodite em sua beldade,
Que também te serviu de inspiração!
Não sou eu, como alguns da era moderna,
Esguio às artes clássicas, já eterna
Só por ser tão regular já sabê-las.
Sei que sou filho de eras marginais,
Mas os clássicos também são meus pais,
Não só brilhos, só relíquias e estrelas…