No silêncio
Desilusão que nasce de repente.
No rosto, a plenitude dos olhares...
As lágrimas, à solidão dos mares,
Deslizam pela face brandamente.
Inevitável pranto inconsequente -
Sem causas nem razões crepusculares.
Na solidão insólita dos lares,
As ânsias viram lágrima silente.
É mudo pensamento que devora
A fina calmaria que resiste
À placidez d'um claustro escuro e mudo.
É dor que diminui à luz d'Aurora:
O vago siso d'um momento triste
Que nasce da dissolução de tudo...
12/02/2013