No silêncio

Desilusão que nasce de repente.

No rosto, a plenitude dos olhares...

As lágrimas, à solidão dos mares,

Deslizam pela face brandamente.

Inevitável pranto inconsequente -

Sem causas nem razões crepusculares.

Na solidão insólita dos lares,

As ânsias viram lágrima silente.

É mudo pensamento que devora

A fina calmaria que resiste

À placidez d'um claustro escuro e mudo.

É dor que diminui à luz d'Aurora:

O vago siso d'um momento triste

Que nasce da dissolução de tudo...

12/02/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 12/02/2013
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