O Macaco Azul
(Para Aluísio Azevedo)
Jorge Linhaça
Eis que o macaco azul me persegue
Mas não me empaca em nada a poesia
Não há micagem que aos meus olhos cegue
Nem fogem rimas com a estripulia
Pobre Paulino, que ver não consegue,
Que o tal mono nem mesmo existia
E esfalfou-se, ao mico entregue,
Sem entender-te a pura ironia
Hoje o mico se paga se pag’amiude
Tenh’ ele a cor que quiserem lhe dar
Pois que o povo por tudo se ilude
Em dia alto ou à luz do luar
Da vida alheia não falta quem cuide
Mas ao seu rabo não querem cortar.
Salvador, 11 de fevereiro de 2013.
(Para Aluísio Azevedo)
Jorge Linhaça
Eis que o macaco azul me persegue
Mas não me empaca em nada a poesia
Não há micagem que aos meus olhos cegue
Nem fogem rimas com a estripulia
Pobre Paulino, que ver não consegue,
Que o tal mono nem mesmo existia
E esfalfou-se, ao mico entregue,
Sem entender-te a pura ironia
Hoje o mico se paga se pag’amiude
Tenh’ ele a cor que quiserem lhe dar
Pois que o povo por tudo se ilude
Em dia alto ou à luz do luar
Da vida alheia não falta quem cuide
Mas ao seu rabo não querem cortar.
Salvador, 11 de fevereiro de 2013.