II - Numa praça

Andava pela praça da cidade,

Ao canto dos alegres passarinhos...

Foi quando eu avistei, já tão sozinhos,

Os olhos d'uma santa mocidade.

Olhar angelical da flor da idade:

Olhar que vi em sonho dos paninhos.

A dona das luvinhas, os olhinhos,

Enfim mostrava à paz da claridade.

Tentei me aproximar... Mas veio o vento

A sacudir as folhas ressecadas

Fazendo mil neblinas já florais.

A dama então sumiu no tal tormento

Enquanto eu soluçava, às mãos molhadas:

"Talvez eu não a veja nunca mais!..."

11/02/2013

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 11/02/2013
Reeditado em 12/02/2013
Código do texto: T4134615
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