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ABJURAÇÃO
Odir Milanez
 
 
Os sonhos de futuro já não tenho.
Dos sonhos concebidos resta nada.
Paro em meio do estreito dessa estrada,
sem saber por quem vou nem por quem venho.
 
Já perdi de vivência todo empenho.
Sou corpo opaco à luz inanimada,
desproveito de vida inacabada,
da dubiez diáfano desenho!
 
A crença num caminho esvaecida,
esquecendo no mundo o que procuro,
interdito os meus pés doutra partida.
 
Sem saber das razões, não me aventuro
por essa estrada estreita e escurecida.
Permaneço onde estou. Eu me abjuro!
 
 
JPessoa/PB
11.02.2013
oklima


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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...



 
oklima
Enviado por oklima em 11/02/2013
Reeditado em 04/05/2013
Código do texto: T4134572
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