DESALENTO. soneto- 332.
Madrugada na penumbra dessa noite triste,
Por entre as ruas corta o silencio vento frio,
Abatido coração chora amor que não existe,
Canta essa solidão melancólico coração vazio.
As luzes que pouco a pouco estão a se apagar,
Acrescenta mais a negra solidão na madrugada,
E o vento frio que sobre meu corpo vem soprar,
O medo corta-me a alma tal qual lâmina afiada.
Envolto negro manto em plena noite a vagar,
A sofrer com a saudade que não me quer deixar,
Pergunto à madrugada onde andará meu amor.
Só cães a latir em vielas e becos tão desertos,
De negritude todos os recantos estão cobertos,
Ninguém há que possa suavizar a minha dor.
Cosme B Araujo.
11/02/2013.