FERIDAS...

Admito em minh´alma a existência da tua candura,

Posto não poder negar fato, mesmo que essência,

Ou negaria a mim mesmo, sentindo a consequência,

Ao que me revelam as feridas, dessa forma tão dura.

Não me valeram as sombras de proteção tão frágil,

Que tua luz sempre penetrou de maneira não gentil,

Embora tenha tentando o meu coração não mentiu,

Expondo-me aos teus olhos, dessa forma tão fácil.

Se hoje sou livro, aberto quais minhas feridas,

Leituras de tantas idas e vindas de minha dor,

Sendo maior a de saberes ser a não esquecida,

Aquela da alma, da qual mais emana esse ardor,

Enquanto existir me nega, posto seja a ferida,

O símbolo vivo do que um dia chamei de amor.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 11/02/2013
Código do texto: T4134009
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