Amor

Ó, sublime sentimento de louco,

Tu és escravo dessas carnes mecânicas,

Dessas cadeias de celas orgânicas;

Elas que te enlouquecem pouco a pouco!

Tu és esse cantor surdo e cego e mouco

Que inda canta numa prisão tirânica,

Já sanguinolenta de tua vulcânica

Voz metrômica e pulsante de rouco!

Mas de que vale, sem ti, tua prisão?

Um homem que usa somente a razão,

Não ama, e tem asas que não se alargam!

Antes que seja, então, um corpo morto

Ou com a inconsciência como conforto,

Pois as almas que não amam, amargam!

Vitor Costa
Enviado por Vitor Costa em 10/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
Código do texto: T4133324
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