Soneto - Ipê Amarelo
[I]
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Longe se destaca na seca e branca mata
Da natureza, sinônimo do que é belo
No seu esplendor a aridez não ataca
A sombra e linda cor do ipê amarelo.
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[II]
Numa pintura cinza, ouro se revela
Colidindo, fundindo-se as cores das rochas
Completa obra, molda-se como foste tela
Com tons mandacarus de flores que desabrocham.
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[III]
Aos olhos do vaqueiro a passar, salta
Causando fim da fadiga na sua visão
Esteja ele em terras baixas e altas.
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[IV]
Paisagem que credita criador... artista
A verdadeira miragem do grande sertão
Só acredita mesmo, quem este avista.