O MENDIGO. Soneto-330.
A imaginar estava alguém ali sentado,
Mãos no queixo e semblante abatido,
Por vezes triste olhar lhe era lançado,
Um pobre diabo na miséria acometido.
Não dera conta da nefasta ansiedade,
Que pobre ser sem querer manifestava,
Em sujos trapos implora por caridade,
Pra multidão que por ali se aglomerava.
Sonho de um lar já faz parte do passado,
A miserável vida muito está acostumado,
A pedinchar vive a consumir-se os dias.
Na bagagem uma infinita experiência,
Ninguém o sabe só ele tem consciência,
Que no descanso o espera tumba fria.
Cosme B Araujo.
09/02/2013.