Soneto do agora e do depois
D e tanto ver homens na rua a jogar pedras e chutar cães
Contemplar os olhos tristes e lacrimosos desse ser maltratado
Coração como bastão em bateria, com força, descompassado
Dói n´ alma e espírito o desrespeito dos filhos com as mães
Ver risos deslavados e quixotescos gestos aos idosos dirigidos
Piadas, charges, humor nojento a essas pessoas direcionados
Imagino esses insanos mais tarde recebendo tudo igual, adicionados
Esquecidos das gargalhadas, dos desvarios, loucura em tempos idos
Esquecem essas pessoas que colhe o que planta, o semeador
E ao lembrarem dessa rigorosa lei ainda insistem no deboche
Deus, livre arbítrio, conforme obras? Isso tudo é patética bobagem
Auras cinzentas, opacas, desalinhadas, sem um resquício de cor
Espinhos na matéria, nódulos em tombos como cavalos e coche
Sufoco, respiração presa, canais obstruídos ...quem dera uma aragem