Tânato
à primeira suicida que foi ao inferno
Do que vale as memórias vãs e tardias?
Se Afrodite esquece de mim ó triste amor...
Nada mais me importa destas utopias,
Quem sabe Tânato liberte-me da dor.
Se morrer é um castigo, vença o sofrer
De tanto amar o sofrer de alguém
Meu corpo frio que a terra há de ter?
Que já não causa saudade em ninguém!
Em que me arrasto por longos caminhos
Ao entender este severo castigo,
Prefiro a morte à coroa de espinhos.
Pois não sou digno de tal coração
E inabitado, sozinho, definho...
No calabouço frio a desilusão.