DESPREZO

Sinto viver assim tão desprezado

No silencio brutal da solidão

Contemplando este mundo desgraçado

No qual ninguém de mim tem compaixão.

Fui sempre um pobre ser desventurado

Exposto ao vendaval da maldição,

Tenho o peito pela dor esfacelado,

O meu viver é uma atroz expiação.

A minha alma a sofrer horrivelmente,

Carrega a sua cruz constantemente,

Sem achar um conforto o pobrezinho...

Ás vezes, eu assaz, impaciente

Interrogo a meu Deus onipotente:

Haverá uma dor igual a minhA?

Desconhecido
Enviado por Suzana Duraes em 08/02/2013
Código do texto: T4129051
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