Canto de dor
Edir Pina de Barros
Tu bem podias ser alegre maritaca,
que faz um cafuné usando o seu biquinho,
a transmitir a paz nos gestos de carinho,
com o dulçor do mel, cheirando verde mata.
Podias ter, também, essa ternura inata,
que me inebria mais que o cálice de vinho,
fazendo-me, de amor, virar o meu olhinho,
sentindo o teu olor, que o meu pudor desata.
E tu podias ser amigo e companheiro,
e ter a candidez do terno amor primeiro,
aquele que ninguém um dia esquece, olvida.
Enfim, podias ter a cor do meu desejo,
amar-se com candor, sem ter recato, pejo,
a primavera em flor no outono gris da vida.
Brasília, 27 de Junho de 2010.
Livro: ESTILHAÇOS, pg. 50
Edir Pina de Barros
Tu bem podias ser alegre maritaca,
que faz um cafuné usando o seu biquinho,
a transmitir a paz nos gestos de carinho,
com o dulçor do mel, cheirando verde mata.
Podias ter, também, essa ternura inata,
que me inebria mais que o cálice de vinho,
fazendo-me, de amor, virar o meu olhinho,
sentindo o teu olor, que o meu pudor desata.
E tu podias ser amigo e companheiro,
e ter a candidez do terno amor primeiro,
aquele que ninguém um dia esquece, olvida.
Enfim, podias ter a cor do meu desejo,
amar-se com candor, sem ter recato, pejo,
a primavera em flor no outono gris da vida.
Brasília, 27 de Junho de 2010.
Livro: ESTILHAÇOS, pg. 50