Afagos... Ah afagos!
Calado, no silêncio... anseio!...
Ah! teu corpo, nobre... ternura!...
Ensejo-te plena, em devaneio!...
– Desejo-te morena... tão pura...
E sinto-a tanto, assim... serena!...
Com candura na alma que cura
Permita-me beijá-la nesta cena?...
— Deus!... Dai-me esta hora de juras!...
Fulgurando tecidos nos anelos...
Afago-te... beijando mui singelo!...
Eu me perco amando tua boca...
Neste mar; – travessura e lirismo!...
Acarinho-te o corpo... Ó, purismo!...
Te deixo na tesura ... como louca!...
(Airton Ventania)