Soneto da traição

Quis o destino, muito tempo, te enganar

Se fingiu de importante, um tirano,

Que por anos dividiu contigo o pano

E, feito um Deus, te fazia ajoelhar.

Dos cabelos aos pés, tu a te entregar,

Em teu papel de mulher, ser humano,

Na tua luta não percebias o engano

Que o tempo consegui desmascarar.

Destes fim a essa falsa ilusão

Mas só quem sabe e sentiu: (teu coração),

Esteio, esse, que segurou teu teto.

É, ( a treva desse amor tu não previas),

Não vale lacrimejar por esses dias,

Se teu hoje já não é mais incompleto.

JRPalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 06/02/2013
Reeditado em 01/09/2013
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