Soneto da traição
Quis o destino, muito tempo, te enganar
Se fingiu de importante, um tirano,
Que por anos dividiu contigo o pano
E, feito um Deus, te fazia ajoelhar.
Dos cabelos aos pés, tu a te entregar,
Em teu papel de mulher, ser humano,
Na tua luta não percebias o engano
Que o tempo consegui desmascarar.
Destes fim a essa falsa ilusão
Mas só quem sabe e sentiu: (teu coração),
Esteio, esse, que segurou teu teto.
É, ( a treva desse amor tu não previas),
Não vale lacrimejar por esses dias,
Se teu hoje já não é mais incompleto.
JRPalácio