MORRE INÊS
Morre Inês! E o dobre na capela
Batia, Inês, batia sem parar...
E no pulsar do bronze a lamentar
Mais meu amor chorava pelo dela...
Pensando em viver aqui sozinho
E a recordar momentos de ternura...
Mais denso era o amor no meu caminho
Num reviver de dor e de tortura...
Como é viver sem ti? Sem teu olhar?
Que mundo há na frente do teu fim?
Não há mundo, apenas há um luar
No cânone sagrado em que me ponho...
E em sobressalto acordo, volto em mim,
Percebo que apenas fora um sonho.