Soneto a morta
Antes cálida e de beleza singela
Agora pálida e com carnes gélidas
O passar do tempo tira-lhe delicada pele
Te expondo os ossos,
Transformando tão bela obra em destroços.
Ossos brancos como marfim
Agora mapeiam o teu fim
Caminhando ao encontro da decomposição
exala o cheiro da putrefação.
Para sempre lindo corpo
Aprisionado em minha mente
Do meu lado acalento
Fruto da nossa semente.