NUMA NOITE COM INÊS
Inês, que hora é esta? Ai, quem diria...
De tanto sussurrar aos teus ouvidos
Já fogem as palavras da poesia...
E as mão já te perturbam atrevidas...
De nuvens fecham as pálpebras a lua,
Fechemos a janela, já é hora:
Já soa no pomar a voz da aurora...
Andantes já transitam pelas ruas.
E apenas tu me pedes mais um beijo;
E deitas em meu colo quase nua
Sentindo os aromas dos desejos...
Que mel fabricam os lúbricos anelos
No bojo de teu peito delicado!
Que doce, Inês, viver o teu pecado.