NUMA NOITE COM INÊS

Inês, que hora é esta? Ai, quem diria...

De tanto sussurrar aos teus ouvidos

Já fogem as palavras da poesia...

E as mão já te perturbam atrevidas...

De nuvens fecham as pálpebras a lua,

Fechemos a janela, já é hora:

Já soa no pomar a voz da aurora...

Andantes já transitam pelas ruas.

E apenas tu me pedes mais um beijo;

E deitas em meu colo quase nua

Sentindo os aromas dos desejos...

Que mel fabricam os lúbricos anelos

No bojo de teu peito delicado!

Que doce, Inês, viver o teu pecado.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 05/02/2013
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