A Beira do Caminho!
Caminhando distraído longe dos sonhos de inverno
A brisa soprava fria e doída, pensamentos viajantes
Entre o deserto e os espinhos vagavam sempiterno
A beira do caminho escrevia histórias redundantes.
Radicalmente a vida foi conduzida em outro sentido
Na direção oposta, aos espetáculos de outros palcos
Escrevendo e falando de amor em versos acolhidos
A beira do caminho idealizando perfeitos socalcos.
A beira do caminho as sementes lançadas brotam
Em meio a espinhos, sufocadas não desabrocham
Entre as pedras sucumbem, murchas perecem.
A beira do caminho semente caída em terra fértil
Dá colheita boa e farta ao incansável semeador
Entre parábolas e sementes sigo colhendo amor.
Luzia Ditzz,
Campinas, 25 de janeiro de 2012