FLUIR

FLUIR

Joyce Sameitat

Fluo de vertentes como líquida fumaça;

Que se espalha no luar meio calado...

Mergulho pela vida em estado de graça;

E torno assim meu ser pleno e irisado...

As correntes da lua que ao negrume aprisiona;

Vertem raios enluarados dentro do meu ser...

Enquanto que o meu coração só questiona;

Não pretendo nunca desta ilusão me perder...

E nas cinzas da noite que de prata se enfeita;

Aumenta o amor que toma meus sentimentos...

Fazendo-se mais que uma comunhão perfeita!

E soltando-me brilhante pelas bordas do vento;

Minha mente se expande para lá de satisfeita;

E deixo-me cair extasiada nos tons do relento!

SP - 04/02/13