Num sonho sem fim

Ela, até então, não se conhecia

E pensava tudo que ela não era.

Não havia alegria, não havia,

Não havia dor; não passou de mera

Sombra, um sonho, uma vil dramaturgia.

Ela não sabia, e se pôs à espera

De encontrar um fim ou uma teoria

Que explicasse toda a sua própria esfera.

Quando finalmente olhou para a sua

Própria alma, era só vazio, era nua

De sentido, de essência; um mero sonho!

Uma personagem que alguém sonhou

E escreveu num só soneto tristonho

Que virou poesia, e nunca acabou!

Vitor Costa
Enviado por Vitor Costa em 04/02/2013
Reeditado em 01/03/2013
Código do texto: T4123100
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