Na métrica precisa
No ensejo da hora cristalina.
Sob gracejo dos vates na mira.
Na aurora distinta... peregrina!
Como são mates os tons da lira.
Na métrica precisa do soneto.
Domínio e desvelo na procela!
Inquieto, indomável nos tercetos!
Jazem dons do profeta que anela.
No lírio, perfumado... há cores!
E já não há martírio em flores!
No albor do destino da paixão!
Naquele verde vale, puí vertigens!
Deslizei teu corpo, tuas origens!
Despi teu ardor, amei-te no chão!
(Airton Ventania)