SONETO DA MORTE PATRIARCAL






Em nove de Dezembro acontecia, 
amargura que meu peito invadiu...
semblante alí, nas mais dura frieza,
O coração... Que de saudades partiu.

Não pude erguer,  taça de compaixão
Meu íntimo... esconde-o  descontente,
Minha lisura... era pequenino,
nem barba, nem bigode era inocente.

Hoje o teu vulto me apareceu:
Nenhum pranto, meus olhos emudece,
Só a dor da partida me extremeceu...

Só... já nenhum ombro me fortalece
Extrema angústia, me adoeceu.
Nem sorriso na face me aparece...






à memória de meu pai falecido em 1981