Ao Manto Azul
Descontrolada, e gentil melancolia,
Enquanto venho em nenhuma hora
Das faces fenestas da traição que vigora
No olhar e na voz que não se arrependia.
Enquanto com torpe polidez partia
No ar com fresco perfume que vai embora,
Espalhando o feitiço de amor a toda hora,
Quando passa pela gente com tez fria.
Satiriza o poeta em sua dormente idade,
No tempo que brota do verso na maldade
E produz no âmago uma dor desatinada.
Não espero desta tão torpe cidade
A convesão ao amor em flor da deidade
Na terra da alegoria e aforismo num vil nada.
Herr Doktor