Ao Manto Azul

Descontrolada, e gentil melancolia,

Enquanto venho em nenhuma hora

Das faces fenestas da traição que vigora

No olhar e na voz que não se arrependia.

Enquanto com torpe polidez partia

No ar com fresco perfume que vai embora,

Espalhando o feitiço de amor a toda hora,

Quando passa pela gente com tez fria.

Satiriza o poeta em sua dormente idade,

No tempo que brota do verso na maldade

E produz no âmago uma dor desatinada.

Não espero desta tão torpe cidade

A convesão ao amor em flor da deidade

Na terra da alegoria e aforismo num vil nada.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 14/03/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T412116
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