Licença, Bocage!

Tal eu, meu doce amor, minha esperança

De suspeitas cruéis atormentado

Receio que a distância, o tempo, o fado

Te arranquem meus carinhos da lembrança.

Bocage.

Desorientam-se as batidas do meu peito

Pea culpa da distancia, das saudades,

Tornando minhas noites eternidades,

Matando, aos poucos, este sujeito

Acostumado às doçuras do teu leito,

Me vem o sonho em suas atrocidades,

(Sabendo-te um poço de bondade),

Incitar-me a achar os teus defeitos.

Tão longes estás... Eu no meu devaneio,

Atormentado, por um tempo passeio

Na dor de te ver em outros braços.

Em irreais beijos e abraços

Finda-se o sonho... Permanece a esperança!

Meus carinhos vivem em tua lembrança.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 03/02/2013
Reeditado em 25/03/2015
Código do texto: T4121050
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