Karina
Em tua palidez em pureza cristalina
Voltei meus olhos ainda uma vez
Quisera eu ser o teu sonho de menina
Sentindo corar-se a sua rubra tez!
Como o sol que nas trevas se ilumina
Tua beleza era uma dádiva cativa,
Desfolhada no cismar da solitária sina
Desta minha inocência emotiva!
Quisera eu levar-te como os baluartes
Nas conquistas d’uma alma felina
Tendo beijos em teus lábios escarlates
Em sonho vejo-te leviana Karina
Despindo-se como outra estrela nua,
No balouçar da maré dentre a falua