Anjinho do bar

"E como um par

O vento e a madrugada

Iluminavam à fada

Do meu botequim"

(Oswaldo Montenegro)

Depois d'um estressante e duro dia

Busquei, num bar, a paz devida aos trapos.

Cansado da tarefa "engole sapos",

Busquei, num bar, um pouco d'alegria.

Largado no balcão, ali dormia...

Foi quando a mão mais doce, pelos papos,

Rasgou-me do meu sonho e, em guardanapos,

Virou uns versos ébrios de magia.

O toque mais gostoso em minha face!

E a mão daquela moça, há quem falasse,

Guardava um segredinho lá das gazas!

Talvez não fosse um anjo, mas eu juro

Que quando deu a costa ao vinho escuro

Eu vi em sua costa duas asas...

02/02/13

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 02/02/2013
Reeditado em 01/04/2014
Código do texto: T4119556
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