Anjinho do bar
"E como um par
O vento e a madrugada
Iluminavam à fada
Do meu botequim"
(Oswaldo Montenegro)
Depois d'um estressante e duro dia
Busquei, num bar, a paz devida aos trapos.
Cansado da tarefa "engole sapos",
Busquei, num bar, um pouco d'alegria.
Largado no balcão, ali dormia...
Foi quando a mão mais doce, pelos papos,
Rasgou-me do meu sonho e, em guardanapos,
Virou uns versos ébrios de magia.
O toque mais gostoso em minha face!
E a mão daquela moça, há quem falasse,
Guardava um segredinho lá das gazas!
Talvez não fosse um anjo, mas eu juro
Que quando deu a costa ao vinho escuro
Eu vi em sua costa duas asas...
02/02/13