A Cruz e Sousa

Triste estrela na noite a lampejar

E, na fria solidão, és tu poeira

A cintilar na escuridão, à beira

Da Dor e do luar a levantar!

A tua voz sofredora há de alcançar

O soturno coração, de maneira

Que ajude esta inexplorável lareira

Cálida a se entender e se encontrar.

Tu tens a natureza suave e escura

De um solitário poeta que procura

A Dor dilacerada no próprio Egro

Destino, que o fez morrer sonhador

E permanecer tua Suprema Dor

Em amargos versos de Cisne Negro!

Vitor Costa
Enviado por Vitor Costa em 02/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
Código do texto: T4119342
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