E NÃO SERIAS TU A MINHA INÊS?
E és tu, talvez, apenas sonhos meus,
Não tenho outra pessoa, outra Inês...
E nos meus olhos vendo-me, talvez
Pressintas que o amor que eu tenho é teu.
E não serias tu talvez a musa,
A encantadora deusa do poeta?
Talvez fosses a Inês que ele professa...
Oh! Minha Inês, não fiques tão confusa.
Fui eu que ao luar via o teu brilho,
Fui eu que tantas vezes te segui!
Em minhas noites tristes os idílios
Eu os compunha todos para ti...
Tu és a Inês e entre os teus cílios
Há o olhar mais doce que eu já vi.