Soneto a noite
Na escuridão que engole a luz
A força do breu se traduz
Ausência de cores que revela
Noite com estrelas tão belas.
Magnífica penumbra que avanças
Toma os espaços, enche de negro
As camas dos amantes em aconchego
E para sempre permanece nas lembranças.
Evita o claro que emite a lua
Recria fendas escuras na rua
Onde repousa a sombra da ausência
De seres que perdem a inocência.