Memórias dos Antigos - 3
Os anos que inda há de aparecer-me a fronte
mas há tempos habitam minha fértil mente
desde sempre onde fora a insanidade permanente
fortalecida em solidão, maestra e eterna fonte
Puro sangue, cujo labios meus sentiu tal gosto
mas minhas mãos, deveras manchada eternamente
sangue que um dia proveio da abençoada semente
mas a sanidade, pela sua sombra ha muito absorto
Mas qual o preço de uma maldição a ser paga
qual a dignidade do homem que chamado de praga
vaga em sua torpe insanidade, da sorte dependente
E diante dos malditos irmãos sem sangue, irás sorrir
pois o que melhor sabes fazer o pobre homem é fingir
que da vida - tolos os anjos que o crêem - estás deveras contente