Humani Ego

Pobre ser consciente da dor, da morte;

Se tu fosses inconsciente da sede,

Da fome, serias a vil parede

De ossos e carnes, que agora é transporte

Do teu Ego lamentável e forte

Que faz com que a tua própria carne azede.

Não há luta mavórtica, nem rede

Que dome, e nem há lâmina que corte

Esse Ego estercórico-microbiano.

Toda existência te renega, humano,

Por todo o espaço infinitesimal,

Porque te arrogas como alma liberta,

Recusas o mundo que te acoberta

De substância Una e Universal!

Vitor Costa
Enviado por Vitor Costa em 31/01/2013
Reeditado em 01/03/2013
Código do texto: T4115843
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