ESPINHO ATROZ

Vede! Meus tétricos olhos, por vós,

Vazios, amargurados e tão mortos...

‘Stou vivo, mas do amor colh’os corpos

Eram tantos! Mas apoucais tantos nós...

Vede! Quem morreu, se não em mim, nós?

N’ amargura dos cordões da psique mia,

Na arvore em que vosso fruto nascia

E só nasce agora um espinho atroz!

Pendemos! Amor e eu em vossa ausência...

Na corda que matou meu coração...

Coitado! Morto de reminiscências...

Sofremos! Lacrimosos são os olhos meus...

Quero encontrar outro céu, que não o teu

Vedai logo a tampa desse caixão!

Isabella Cunha
Enviado por Isabella Cunha em 30/01/2013
Reeditado em 30/01/2013
Código do texto: T4114453
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.