ESPINHO ATROZ
Vede! Meus tétricos olhos, por vós,
Vazios, amargurados e tão mortos...
‘Stou vivo, mas do amor colh’os corpos
Eram tantos! Mas apoucais tantos nós...
Vede! Quem morreu, se não em mim, nós?
N’ amargura dos cordões da psique mia,
Na arvore em que vosso fruto nascia
E só nasce agora um espinho atroz!
Pendemos! Amor e eu em vossa ausência...
Na corda que matou meu coração...
Coitado! Morto de reminiscências...
Sofremos! Lacrimosos são os olhos meus...
Quero encontrar outro céu, que não o teu
Vedai logo a tampa desse caixão!