QUAL DIA!

Há três luas que na chácara chovia

Todavia, não existia nenhuma lua,

Lôbrego estava o céu e a terra árdua,

Envolto a tempestade a ventania.

Ardia meu coração a tua ausência

Não sei por que aquilo eu sentia

Querer-te era tudo que eu queria,

O teu amor, a minha complacência.

Ao bramir do trovão tu te escondias,

La na alcova o teu bradar sozinha,

La no alpendre o meu pensar, qual dia!

A chuva castigava no terreiro

Rompendo a parede do silêncio

Tal grito vespertino alvissareiro.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 30/01/2013
Código do texto: T4114179
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