"NO CÉU, A ETERNIDADE"
                               
Ao nível do outro, o homem se nega,
  afasta-se da semelhança,
  aborrece-lhe a comparação,
  mesmo de sangue, sendo-lhe irmão.

Quando lhe é confundido o nome
  se lhe chamam por alguém,
  se lhe aquecem a aptidão,
  mesmo de sangue, sendo-lhe irmão.

Se uma pequena troca lhe causa dor,
  jamais se verá ele em amor,
  em comunhão com seu próximo.

E é esse mesmo ser inseguro que visa o céu.
  Acho que ele pode tirar o chapéu
  pois no reino de Deus não existe incerteza.
                            
                                      (ARO. 1976)