Alegoria de Amor
Não sei ó Amor se é certo o meu temor;
Mas , assim como o mal que me apuras,
Do sagaz não recusas o que me juras
No meu dourado sentir no peito este amor.
O coração bate forte por essa criatura
Não a tenho em meus braços aí que dor
Nesta vida sem saída e com tanto rancor
Do berço ao amor eterno até a sepultura.
Ação demente que nos leva ao engano,
Mas ainda te reconheço ó amor cego
Pois não te vejo e sinto este vil dano.
Oh! influente maldição a que me entrego
Nesta exitência num caminho profano,
Sentimento vexante triste que não nego.
Herr doktor