Alegoria de Amor

Não sei ó Amor se é certo o meu temor;

Mas , assim como o mal que me apuras,

Do sagaz não recusas o que me juras

No meu dourado sentir no peito este amor.

O coração bate forte por essa criatura

Não a tenho em meus braços aí que dor

Nesta vida sem saída e com tanto rancor

Do berço ao amor eterno até a sepultura.

Ação demente que nos leva ao engano,

Mas ainda te reconheço ó amor cego

Pois não te vejo e sinto este vil dano.

Oh! influente maldição a que me entrego

Nesta exitência num caminho profano,

Sentimento vexante triste que não nego.

Herr doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 13/03/2007
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T410964
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