História de Marinheiro

Eu trago em mim a solidão do mundo.

Um barco frágil e fraco a navegar

Nas águas frias desse baço mar

Dos olhos meus - qual não enxergo o fundo - .

Trago mi'as lágrimas de tom profundo

Qual num exílio em prol do próprio lar.

- Ninguém entende que meu parco olhar

Não é culpado desse clima imundo.

Uma desgraça que me aconteceu

Quando eu, então, de olhos fitos no céu

Mirei o sol - largo farol... distante!

E, então, baixando a vista à embarcação,

Senti quedar-me triste o coração.

E naufraguei... naquele mesmo instante.

28 de Janeiro de 2013

Nestório da Santa Cruz