CORAÇÃO DESERTO
É triste, mais que triste o coração,
Quando vazio d’amor num abissal
Deserto de emoção ressente o mal,
Não sente o amor, fechou-se em solidão.
E quando ao lado esquerdo põe a mão,
Alguém sente no peito a dor mortal,
Como se ali cravara-se um punhal
No sentido vital já sem razão.
É triste a vastidão de um ser vazio,
Como um deserto à beira dum abismo,
Que ao dia faz calor, à noite frio,
Mas no chão não lhe nasce uma flor.
Coração que brotou só ostracismo,
Na ostra onde ocultou-se a flor do amor.
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É triste, mais que triste o coração,
Quando vazio d’amor num abissal
Deserto de emoção ressente o mal,
Não sente o amor, fechou-se em solidão.
E quando ao lado esquerdo põe a mão,
Alguém sente no peito a dor mortal,
Como se ali cravara-se um punhal
No sentido vital já sem razão.
É triste a vastidão de um ser vazio,
Como um deserto à beira dum abismo,
Que ao dia faz calor, à noite frio,
Mas no chão não lhe nasce uma flor.
Coração que brotou só ostracismo,
Na ostra onde ocultou-se a flor do amor.
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