ASAS NO VITRAL...

Chuvaradas, trovões, relampeados... homem

da roça, do ensejo, toda noite vela,

subitamente, escuta um estrépito ruído no vitral, e ele

levantou-se, a fim de ver o que seria...

era um ser alado, exposto aos ventos,

tremia; a água da chuva o molhara,

sua asas, no vidro da janela úmida e fria,

batia. . . homem brejeiro então, abre a janela...

em suas mãos, em delicadeza, toma-o, observa feliz

o inseto, é uma abelha-mestra de um abelheiro

recolhe-a ao afago caridoso e aconchegante,

e as duas asas trêmulas, carmesim,

num sopro tenro seca-lhe... se assim não fosse,

as abelhas não haveriam nos verões....

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 26/01/2013
Código do texto: T4106057
Classificação de conteúdo: seguro