Expressão Limitada
Odeio repressão e me reprimo.
Eu mesmo não consigo compreender
O que se passa dentro do meu ser;
São sentimentos que jamais exprimo.
Falo no verso um pouco, mas o cimo
Está tão alto que nem posso ver.
Quem lê meu verso nunca vai saber
O quê, de fato, é que eu tanto lastimo.
Tento, nestes meus últimos sonetos,
Contar, em tão obscuros dialetos,
Um pouco do que sinto, mas não dá…
O que me aflige a mais ninguém se assoma.
Estou sozinho, em tóxica redoma,
Na mente esquizofrênica de Alá.
26 de janeiro de 2013